Renan enfatizou, se referindo ao senador Romero Jucá (PMDB-RR), que este governo “está no fim”. Comparou “a um morto sangrando sendo fatiado pelo açougueiro”.
Para o parlamentar, o Senado não pode fazer de conta que não está percebendo essa degradação do governo de Michel Temer.
“É preciso salvaguardar para que esta casa volte a dizer que vamos fazer as reformas mas não para revogar direitos dos trabalhadores duramente conquistados ao longo dos anos”, defendeu.
Renan iniciou o discurso declarando que esta terça-feira seria um dia muito triste para o Senado Federal. Na opinião dele, o Senado “durante muito tempo conhecido como a Casa que faz o que o povo quer se submete a fazer o desmonte do estado social”.
“Do dia para a noite essa reforma trabalhista representa um pouco do sadismo que vivemos na sociedade brasileira. A proposta foi mandada para o Congresso com 7 pontos, na Câmara passou a 117 pontos (de alteração da Consolidação das Leis do Trabalho) numa carga de maldade que sufoca e penaliza os trabalhadores, sobretudo, os mais desvalidos”, relembrou o senador.
Entre as maldades da reforma trabalhista, Renan citou o fim da proibição do trabalho de gestantes e lactantes em locais insalubres, o trabalho intermitente, quando o trabalhador fica à disposição do empregador, e o acordado sobre o legislado.
Renan defendeu que deveria haver um piso ou um teto para que não fossem atropelados os direitos adquiridos dos trabalhadores. “Não entendo como uma reforma desta magnitude que vai sacrificar o povo e aumentar a desigualdade sem que o Senado possa aprovar uma emenda sequer”, criticou.
Nas Comissões de Assuntos Econômicos e de Constituição e Justiça as emendas foram rejeitadas pelo relatores e defendida a aprovação no Senado do projeto tal qual veio da Câmara. Alterar o projeto significaria fazê-lo retornar para a Câmara. O que não interessa ao governo Temer.
O senador peemedebista afirmou que todo pais do mundo que implementou o acordado sobre o legislado usou regras e critério.